quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Eu; contraditório, preconceituoso e apático

Esta anedota é pra quem tem sede de justiça

Mas sequer sabe seus direitos, por preguiça

É para aquele que também está revoltado

Mas não se informa e mantêm-se ignorado


Também para aquele que cujo sonho não realiza

Mas sequer conversa com seu vizinho, nem o mobiliza

Ao mencionar o governo, só se ouve reclamação

Mas não sabe nem em quem votou na última eleição


Que acha que vizinho que fuma maconha é vagabundo

Mas quando acontece na família o esconde do mundo

Que vê um mendigo sujo, pedindo esmola evita-o na rua

E acredita que essa é uma realidade do capitalismo, nua e crua


Sempre vê um menino no sinal e fecha os vidros do carro

Que vê um pobre sujo e descalço e ainda tira um sarro

Chocou-se quando a menina foi jogada do alto de um apartamento

Mas sobre os recém-nascidos em Belém, não está por dentro


Que sabe muito bem quem é o artilheiro do campeonato

E não sabe se o uso de células tronco é ou não sensato

Que reclama do emprego sempre, que o salário é insuficiente

Mas não vê que seu vizinho que além de desempregado, é deficiente


Que ri do amigo(a) que não saiu sábado e perdeu a festa

E nem vê que ficar sem estudo é como dar um tiro na própria testa

Sabe que o político é corrupto, mas vota mesmo assim

Vota no "menos pior" e ainda acha que não foi tão ruim


Que diz que não tem e nunca terá nenhum preconceito

Que os humanos tem raça; tem o branco, o amarelo, tem o preto

Vai à igreja "A" e excomunga o irmão da igreja "B"

Mas nem sabe que é mesma bíblia, sequer ela lê


Cheio de razão, sem preconceito e sempre agindo

Esse sou eu, com vergonha na cara e nunca, jamais mentindo

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