Ficou conhecido Século de Péricles o período histórico compreendido entre o cerco de Samos por parte dos atenienses (439 a.C.) e a derrota dos gregos na Batalha da Queroneia frente o exército macedônio de Filipe II (338 a.C.).
Péricles foi um estratego (general na Grécia Antiga), político e orador ateniense que soube rodear-se das personalidades mais destacadas da época, homens que sobressaíam na política, filosofia, arquitetura, escultura, história, literatura e estratégia.
Péricles realizou também grandes obras públicas e melhorou a qualidade de vida dos cidadãos de Atenas, dando uma grandeza à cidade que não se repetiu novamente, ficando assim marcado seu nome na história, um legado chamado de "século de ouro ateniense", o auge da Grécia Antiga.
Foi neste século que apareceram três grandes escultores da Grécia Antiga: Míron, Fídias e Policleto.
Péricles realizou também grandes obras públicas e melhorou a qualidade de vida dos cidadãos de Atenas, dando uma grandeza à cidade que não se repetiu novamente, ficando assim marcado seu nome na história, um legado chamado de "século de ouro ateniense", o auge da Grécia Antiga.
Foi neste século que apareceram três grandes escultores da Grécia Antiga: Míron, Fídias e Policleto.
Míron (380 a.C. - 440 a.C.) foi o mais velho escultor dos três grandes escultores. Foi considerado o primeiro escultor a alcançar na arte uma representação natural. Dedicado quase com exclusividade ao bronze, ficou conhecido especialmente por seus estudos de atletas em ação. Infelizmente, nenhuma das suas obras originais chegou até aos nossos dias, durante a fanatizada expansão do cristianismo e sua destruição dos ídolos pagãos. Entretanto a sua popularidade permitiu que os seus trabalhos fossem copiados e possibilitar uma idéia da qualidade da sua obra pelas estas várias réplicas, feitas principalmente para serem vendidas a ricos cidadãos romanos, que queriam com elas decorarem as suas casas ou jardins. Mas dois trabalhos são atribuídos a Míron com certeza; o grupo Atena e Mársias, originalmente na acrópole de Atenas, e o seu trabalho mais célebre, o Discóbolo ou arremessador de disco.
Atualmente está no Museu Nacional de Roma.
Após Míron, formou-se na escola de mestres de Argos outro grande escultor: Fídias.
Fídias (490 a.C. - 430 a.C.) é considerado o mais famoso escultor grego que viveu em Atenas.
O início de sua carreira é obscuro: é possível que tenha colaborado na sala de iniciação de Elêusis. Também lhe é atribuído um Apolo e um monumento representando Miltíade heroificado e rodeado por deuses, que foi colocado na entrada no santuário de Delfos.
Embora a maior parte de suas obras tenha desaparecido, o que ficou é suficiente para classificá-lo como o maior escultor grego do período clássico, com uma obra escultórica trazia além da majestade das figuras, a graça e a elegância das roupagens e a impressão de movimento. Entre suas obras a mais famosa foi a Estátua de Zeus (447 a.C.), figura central do Templo de Olímpia, esculpida em marfim e ébano, com cerca de 18 metros de altura e destruída por um incêndio (415 a.C.).
Foi escolhido por Péricles para dirigir a decoração do Parthenon (embora não tenha terminado em vida), templo construído na Acrópole ateniense (447 a.C. - 438 a.C.), fez mais três esculturas da deusa Atena: a Atena Prômacos, bronze monumental,;a Atena Lêmnia ou pacificadora; e a colossal Atena Parthenos (438 a.C.), ou triunfante. Todas são conhecidas apenas por descrições de autores antigos. Sabe-se que a Atena Parthenos, de ouro e marfim, media cerca de 12 m de altura. Ataviada com imponente capacete e túnica simples, a deusa se erguia majestosa, com uma lança na mão esquerda e a figura de uma Vitória alada na direita. Acusado de ter-se apropriado de parte do ouro destinado à confecção da Atena Pártenos, foi preso e, segundo alguns, morreu na prisão, e em outras versões, o escultor conseguiu escapar e refugiar-se em Olímpia, onde morre depois de construir a estátua de Zeus, uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Outra obra de Fídias Atena Pártenos (lit. "A virgem Atena"), gigantesca estátua criselefantina de 11,5 metros esculpida por Fídias para o Parthenon de Atenas, hoje completamente perdida, foi completada e dedicada em 438 a.C. De acordo com Pausânias (séc. II) e Plínio, o Velho (23/79), a pele era de marfim e as vestes, de ouro. A deusa usava a égide, com uma cabeça de Medusa esculpida em marfim, e um elaborado capacete, encimado por uma esfinge central com um grifo de cada lado; segurava uma Niké e uma espada e tinha, aos seus pés, um escudo e uma serpente.
O pintor holandês Maarten Jacobszoon Heemskerk van Veen (1498 – 1574), foi um dos principais pintores do século XVI. Retratou conceitos religiosos, e ficou especialmente famoso por suas pinturas das Sete maravilhas do Mundo Antigo. Uma de suas obras foi a ilustração da estátua de Zeus em Olímpia (abaixo), obra atribuída a Fídias.
Por último, aparece Policleto (470 ou 480 a.C. - 405 a.C.), foi amigo de Míron e Fídias. Policleto foi aluno de Agelaídes (Míron também teria sido).
Também não resistiu ao tempo nenhuma de suas obras, mas algumas de suas obras-primas foram refeitas em mármore pelos romanos.
Entre as suas grandes obras estão o Doríforo ("O Portador da Lança"), Discóforo ("O portador do disco"), Diadúmeno ("O Portador do Diadema"). Todas teriam sido feitas originalmente em bronze por Policleto.
Em seu livro Canon ("Cânone"), datado provavelmente da metade do século 5 a.C o bronzista Policleto investigou as proporções harmoniosas da figura humana masculina. Parece que a harmonia baseava-se na simetria das diferentes partes do corpo, idéia que possivelmente envolvia algum conceito mensurável dessas partes do corpo (volume, forma, profundidade, comprimento, etc.).



Resumo
Em uma escultura nota-se a existência de determinadas influências, provenientes de outras civilizações e de épocas anteriores.
A escultura grega baseou-se inicialmente num naturalismo ideológico, passando seguidamente a adquirir um estilo geométrico rígido e simplista e um naturalismo progressivo.
No período pré-arcaico utilizaram como material a madeira, dado ainda se encontrarem no início, onde ainda não adquiriram a técnica de construção, sendo portanto o material mais adequado para poder moldar.
Neste período os escultores realizaram obras destinadas à religião (adoração dos deuses), tendo portanto construído o que designamos de Chuanas, as quais eram talhadas a partir de troncos de árvores.
As Chuanas apresentavam como principais características: a existência de cabelos decorativos; apresentavam-se com os olhos fechados e os braços caídos ao longo do corpo. As esculturas mostravam-se extremamente rígidas e seguiam a teoria da frontalidade (técnica utilizada segundo a influência egípcia). A gama de cores utilizada eram: o branco e o vermelhão.
No Período Arcaico (700 a.C. - 500 a.C) começa a difusão da estatuária grega pelas colônias na Magna Grécia e nas áreas orientais do Mediterrâneo, influenciando as culturas estrangeiras em contato com elas, como a etrusca, a cipriota, a fenícia e mesmo a síria, que antes havia inseminado a própria Grécia. Elementos do estilo Arcaico conheceram momentos de ressurgência até mesmo durante a fase Clássica, e na arte romana helenística algumas escolas demonstraram um apreciável interesse pelo arcaísmo em sínteses ecléticas.
Como transição entre o Período Arcaico e o Período Clássico, está a fase conhecida como Período Severo (500 a.C. - 450 a.C.), justamente pelo seu repúdio ao decorativismo.
Ocorre então uma rápida evolução nas técnicas e no estilo, que leva ao classicismo grego (450 a.C. - 323 a.C.), período em que se realizam as mais importantes e seminais conquistas no terreno do naturalismo, ao mesmo tempo em que perduram uma série de convenções estritas a respeito de proporções e ordem, dando origem a uma síntese sem semelhanças com o mundo mundo antigo e que até hoje permanece uma referência essencial para a arte e cultura de grande parte do mundo.
Começam a ser registradas as atividades de artistas que formariam importantes escolas e estabeleceriam padrões de proporções ainda empregados atualmente. O primeiro autor notável, vencendo definitivamente a severidade remanescente do período Arcaico, foi Míron, criador do célebre Discóbolo, onde as tensões do movimento são exploradas com maestria e realismo. A seguir vem Fídias, que levou a estatuária grega ao seu primeiro momento de real esplendor. Foi autor de estátuas enormes como o Zeus de Olímpia e a Atena Parthenos, imagens dotadas de grande poder, das quais hoje subsistem infelizmente apenas cópias menores ou descrições. Mais dinâmicas são as esculturas do pedimento do Parthenon. Outras obras atribuídas a ele ou a sua escola são o Apolo de Kassel e a Atena Lemnia. Dentre seus seguidores estão Alcamenes e Kresilas. Contemporâneo de Fídias, Policleto foi de fama igualmente vasta, criador do Cânone de proporções ideais do corpo humano, onde encontrou uma expressão magnífica em suas obras mais conhecidas : Doríforo, Discóforo e o Diadúmeno.
Em uma escultura nota-se a existência de determinadas influências, provenientes de outras civilizações e de épocas anteriores.
A escultura grega baseou-se inicialmente num naturalismo ideológico, passando seguidamente a adquirir um estilo geométrico rígido e simplista e um naturalismo progressivo.
No período pré-arcaico utilizaram como material a madeira, dado ainda se encontrarem no início, onde ainda não adquiriram a técnica de construção, sendo portanto o material mais adequado para poder moldar.
Neste período os escultores realizaram obras destinadas à religião (adoração dos deuses), tendo portanto construído o que designamos de Chuanas, as quais eram talhadas a partir de troncos de árvores.
As Chuanas apresentavam como principais características: a existência de cabelos decorativos; apresentavam-se com os olhos fechados e os braços caídos ao longo do corpo. As esculturas mostravam-se extremamente rígidas e seguiam a teoria da frontalidade (técnica utilizada segundo a influência egípcia). A gama de cores utilizada eram: o branco e o vermelhão.
No Período Arcaico (700 a.C. - 500 a.C) começa a difusão da estatuária grega pelas colônias na Magna Grécia e nas áreas orientais do Mediterrâneo, influenciando as culturas estrangeiras em contato com elas, como a etrusca, a cipriota, a fenícia e mesmo a síria, que antes havia inseminado a própria Grécia. Elementos do estilo Arcaico conheceram momentos de ressurgência até mesmo durante a fase Clássica, e na arte romana helenística algumas escolas demonstraram um apreciável interesse pelo arcaísmo em sínteses ecléticas.
Como transição entre o Período Arcaico e o Período Clássico, está a fase conhecida como Período Severo (500 a.C. - 450 a.C.), justamente pelo seu repúdio ao decorativismo.
Ocorre então uma rápida evolução nas técnicas e no estilo, que leva ao classicismo grego (450 a.C. - 323 a.C.), período em que se realizam as mais importantes e seminais conquistas no terreno do naturalismo, ao mesmo tempo em que perduram uma série de convenções estritas a respeito de proporções e ordem, dando origem a uma síntese sem semelhanças com o mundo mundo antigo e que até hoje permanece uma referência essencial para a arte e cultura de grande parte do mundo.
Começam a ser registradas as atividades de artistas que formariam importantes escolas e estabeleceriam padrões de proporções ainda empregados atualmente. O primeiro autor notável, vencendo definitivamente a severidade remanescente do período Arcaico, foi Míron, criador do célebre Discóbolo, onde as tensões do movimento são exploradas com maestria e realismo. A seguir vem Fídias, que levou a estatuária grega ao seu primeiro momento de real esplendor. Foi autor de estátuas enormes como o Zeus de Olímpia e a Atena Parthenos, imagens dotadas de grande poder, das quais hoje subsistem infelizmente apenas cópias menores ou descrições. Mais dinâmicas são as esculturas do pedimento do Parthenon. Outras obras atribuídas a ele ou a sua escola são o Apolo de Kassel e a Atena Lemnia. Dentre seus seguidores estão Alcamenes e Kresilas. Contemporâneo de Fídias, Policleto foi de fama igualmente vasta, criador do Cânone de proporções ideais do corpo humano, onde encontrou uma expressão magnífica em suas obras mais conhecidas : Doríforo, Discóforo e o Diadúmeno.