quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O Sábio e a Criança.

Um velho sábio que vivia sozinho em uma montanha um dia ficou surpreso com uma visita. Um menino veio ao seu encontro. Há muito tempo o velho não recebia visitas, pois quase todos da cidade não acreditavam mais em seus conselhos.

Ao se aproximar, sem cerimônia o menino perguntou ao velho sábio:

- Por que os adultos desprezam sua alma e o seu corpo?

O velho sábio resolve lhe indagar primeiro:

- Vocês crianças sabem o que é o desprezo do corpo e da alma?

- Eu sou corpo e alma, nós crianças somos corpo e alma; responde o menino.

O velho sábio volta a lhe perguntar:

- O que entende como corpo?

- Ele é nosso templo, onde existem várias pessoas que trabalham nele todos os dias sem cessar, cada uma com sua função, mas todos trabalham em conjunto. Sempre há harmonia no templo, desde que o nosso chefe não os desvie de suas funções.

O velho sábio se espanta com resposta e volta a indagar o menino:

- Quem é o chefe?

- O chefe é a nossa alma. Ela comanda todo o templo. O templo não tem acesso ao mundo exterior, só o chefe pode fazer este contato. Mas às vezes o chefe faz más escolhas, depois não passa as ordens corretas as pessoas que trabalham no templo, então corpo e alma perdem a harmonia. Responde o menino.

- Mas se as pessoas trabalham sem cessar no templo, por que precisam receber ordens do chefe? Elas deveriam saber o que fazer sempre não acha? Pergunta o velho sábio ao menino.

- As pessoas que vivem no templo não são funcionárias, elas vivem e trabalham no templo apenas para fazer o chefe feliz.

O velho sábio pensa um pouco e então diz ao menino:

- O chefe de cada criança está sempre feliz?

- Sim! Responde o menino. - Ele sempre está muito feliz. Mesmo que ele faça más escolhas e acabe atrapalhando as pessoas do templo, ele sempre pede desculpas pela sua ingenuidade.

O velho sábio recosta sobre a cadeira, olha para o céu e decide responder a pergunta do menino.

- Então quer saber por que os adultos desprezam sua alma e seu corpo? Bom, os adultos sabem o que fazem mesmo fazendo más escolhas, eles conseguem reger seu corpo e sua alma de forma harmoniosa. Altos e baixos fazem parte da vida dos adultos. O fato de um adulto não estar bem, não significa que ele escolheu mal seu caminho.

O menino olha no fundo dos olhos do velho sábio e diz:

- O senhor respondeu minha pergunta como muitos outros adultos haviam respondido. Quando disse para eles que viria aqui, me disseram que seus conselhos não tem mais valor algum. Acho que tinham razão...

- Se tinha dúvidas que meus conselhos não tem mais valor algum, por que veio me procurar? Replica o velho sábio.

- O senhor era a última pessoa que restava. Porém não acho que foi em vão minha vida aqui.

O velho pensa um pouco. Pensou na época em que era respeitado e todos lhe procuravam para pedir conselhos e saíam felizes de sua velha casa na montanha. Um pouco constrangido, mas com humildade o velho sábio pergunta ao menino:

- Por que acha que não foi em vão sua vinda aqui?

- Agora tenho certeza que quando crescemos perdemos nossa alma. Sua resposta me mostrou isto, porque foi igual ao dos outros adultos da cidade. Muitos pedem a Deus todos os dias paz, saúde, felicidade, amor, compaixão... Mas eles não tem mais sua alma, por isso não conseguem o que querem. Eles usam apenas o corpo para conseguir seus objetivos, suas más escolhas não frutos da alma. A alma é maior que o corpo, é ela quem sabe tudo e o corpo compreende. Mas quando a alma trai, o corpo não perdoa. A alma das crianças é pura e perfeita. Os humanos erram porque não tem mais alma. Eles a perdem porque perdem a inocência de que tinham quando eram crianças. É por isso que desprezam seu corpo; o corpo é inculto, assim os funcionários fazem dele o que bem entendem. Responde o menino ao velho sábio.

O menino dá meia volta começa a descer a montanha. Nesse momento o velho sábio se levanta de sua cadeira e em voz alta pergunta ao menino:

- Hei menino, quem és?

O menino se vira para o velho sábio e responde: - Se fosse realmente sábio saberia. Eu sou o senhor ontem.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Personagens de nossa história que admiro. (II)


De fato, Napoleão Bonaparte (1769-1821) foi um grande homem. Após a Revolução Francesa, a França ainda passava por um período difícil a tinha a população dividida. Jacobinos e membros da burguesia não tinham uma boa relação. Além da Europa monárquica temer por uma influência da revolução.

Em 1799 entra em cena então Napoleão Bonaparte. Napoleão já era um talentoso oficial do exército. Em 1799 caiu o Diretório, e instalou-se o consulado. Era regido por três cônsules, Roger Ducos, Emmanuel Sieyès e Napoleão. Porém Napoleão tinha mais poder no Executivo, por ser o primeiro-cônsul da república.

Já que Napoleão era o primeiro-cônsul ele tinha o poder em suas mãos, mesmo com a criação do Senado, Corpo Legislativo...

Era Napoleão quem dava as cartas na França. A França promoveu uma reforma em seu governo. Economia, religião – Napoleão instituiu que o catolicismo seria a religião -, educação e na parte de direito também. Napoleão criou o Código Napoleônico e um Código Penal.

A França ia bem, então em 1804 Napoleão recebeu aprovação em um plebiscito e se tornou imperador. Na dia de sua coroação como Imperador da França, Napoleão pegou a coroa das mãos do Papa Pio VII e ele mesmo o coroou. Era a amostra que Napoleão teria o pulso mais firme ainda no comando da França.

Antes da sua coroação como imperador, Napoleão vendeu os territórios franceses da América, que ficavam nos Estados Unidos. A maioria do dinheiro foi investido no exército francês.

Napoleão não queria ser um simples imperador, então começou a expandir o império francês pela Europa.

Napoleão expandiu o império francês por quase toda a Europa, a oeste da Rússia, faziam parte diretamente do império francês, ou estavam a ele unidas por laços de dependência ou alianças políticas, só não estavam ligados á França, Inglaterra, Suécia e Portugal, isso por volta de 1810.

Napoleão tentou conquistar Portugal e Inglaterra, mas acabou não conseguindo e assim proclamou o Bloqueio Continental, onde nenhum país deveria ter relações comerciais com a Inglaterra, no qual somente Portugal não aderiu.

Napoleão chegou ao auge entre 1804 e 1814, chegou a ser considerado e proclamado “O Imperador da Europa”. Mas suas ambições eram demasiadamente grandes. Admirador do Império Romano, Napoleão queria fazer mais que o Império Romano. Fez diversos acordos, invasões, campanhas e em meio a isso cometeu muitos erros.

Em 1807 as tropas napoleônicas invadiram Portugal, sob o comando do general Jean-Andoche Junot, mas em 1808 os britânicos enviam uma força expedicionária comandada por Arthur Wellesley, que, juntamente com forças portuguesas forçam os franceses à retirada, pela Convenção de Sintra.

Em 1809 as tropas invadiram Portugal novamente. Desta vez sob o comando Marechal Nicolas Jean de Dieu Soult conquistaram vitórias, chegando até a cidade do Porto. Foi nesta invasão que aconteceu o desastre das Pontes Barcas, em que morreram cerca de 4000 mil pessoas. Porém, no mesmo ano tropas inglesas e portuguesas conseguem expulsar as tropas francesas para o Norte.

Em 1810 uma nova invasão francesa. O encarregado da missão foi o Marechal André Masséna. As tropas francesas invadiram Portugal pela região nordeste, mas novamente fracassaram. As tropas francesas marchavam até Lisboa, mas foram interceptadas por tropas inglesas e portuguesas. Após o confronto, Masséna tentou conquistar Lisboa, mas fracassou novamente, tendo assim que retirar suas tropas de Portugal em 1811.

Em 1812, Napoleão decide invadir a Rússia, com o Grande Armée” (Grande Exército). Entre batalhas em diversos frontes, Napoleão ia levando vantagem. As tropas russas decidiram então adotar uma tática diferente, decidiram recuar. Como as tropas de Napoleão estavam ficando sem armamentos e comida, era uma armadilha. Napoleão decidiu rumar em direção para Moscou, achando que poderia reabastecer. Mas não foi exatamente o que aconteceu. Franceses e russos travaram uma sangrenta batalha, com muitas baixas em ambas as partes. Mas Napoleão venceu a batalha e as tropas russas se retiraram. Napoleão então esperava o rendição do Czar, mas enquanto isto não acontecia às tropas russas iam aumentando novamente. Napoleão viu que a rendição não ia acontecer e decidiu voltar para a França. Na volta tropas russas contra-atacaram as tropas de Napoleão, apesar das tropas napoleônicas ainda conseguirem vantagem o tempo passava e o frio chegava com muita rapidez e força. As tropas de Napoleão já estavam exaustas e sob o frio intenso iam sucumbindo. O último passo era atravessar o Rio Berezina, mas um erro estratégico ocorreu antes disso, as tropas de Napoleão vorazmente destruíram grande parte dos alimentos que poderiam durar todo o inverno. Então, ao tentar fazer a travessia Napoleão se depara com uma armadilha das tropas russas. Só nesta batalha, Napoleão perdeu mais de 30 mil homens e ao final da guerra, cerca de 550 mil franceses haviam morrido. Então foi dado o indício, Napoleão podia ser vencido. Após esta fracassada campanha o império francês começou a ruir.

Então uma coligação européia entra em luta contra Napoleão e consegue retira-lo do posto de Imperador. Napoleão é exilado na Ilha de Elba (Itália) em 1814, mas foge no ano seguinte. Napoleão chega à França com um novo exército e volta ao poder. É o Governo dos Cem Dias. Napoleão ainda ambicionado pelo poder decide invadir a Bélgica. Conhecida com Batalha de Waterloo, a invasão francesa mostrou mais uma vez a genialidade de Napoleão como estrategista. Lutou contra diversas tropas; prussianas, inglesas, alemães, holandeses, belgas... Mas apesar de toda sua genialidade no front, Napoleão não conseguiu vencer a guerra.

Assim terminara o reinado de Napoleão pela Europa. Talvez se sua ambição fosse menor ou ele tivesse um pouco mais de sensatez, ele teria tido apenas triunfos.



Outro grande personagem da história foi uma mulher, na verdade uma grande, magnífica mulher. Lou Andreas-Salomé (1861-1936) foi uma grande intelectual nascida na Rússia, mas radicada na Alemanha.

Linda e sedutora Lou talvez conseguisse chamar mais a atenção de homens e mulheres não pela sua beleza, mas pela sua postura e inteligência.

Lou era uma amante da vida e uma mulher à frente de seu tempo. Não se apegava a cultura de sua época, fazendo assim de sua vida um paralelo da realidade que vivia.

Sua beleza, postura e inteligência encantou muitos homens. Alguém chegou até a escrever: Quando Lou se interessa apaixonadamente por um homem, nove meses depois este homem dá à luz um livro. Um interesse pelo outro que o leva a crescer e produzir - mesmo quando esse crescimento e essa produção implicam o sofrimento.”

De fato era bem provável que isso acontecesse mesmo. Lou até escreveu alguns ensaios eróticos, talvez fruto de suas experiências amorosas.

Falando em experiências amorosas, Lou conquistou o coração de grandes homens como Nietzsche, Paul Rée, Rainer Rilke, e talvez Richard Wagner.

Mas antes disso, Lou teve uma infância e adolescência ligada a fé em Deus. Ela dizia compartilhar seus segredos a Deus e lhe contar longas histórias de sua vida. Mas quando ficou mais madura, Lou decidiu se afastar de seu amigo, acreditava que tinha perdido sua fé.

Até que um dia ouviu o pastor Hendrik Gillot fazendo uma pregação. Lou decidiu se aproximar de pastor, então Gillot decidiu lhe ensinar filosofia, lógica, teoria do conhecimento, metafísica, teologia além de literatura alemã e francesa. Gillot lhe indicou a leitura de filósofos como Kant, Descartes, Pascal, Voltaire, Rousseau dentre outros. Lou ia conseguindo ter uma formação intelectual fantástica. O pai de Lou então falece e a mãe de Lou não aprovava os estudos de Lou com Gillot, que era considerado um pastor liberal. O que aconteceu depois foi até um presságio de sua mãe: Gillot, casado, pai de duas filhas, praticamente da mesma idade de Lou, pede ela em casamento.

Lou ficou chocada com o pedido e não aceitou. Lou via Gillot como o amigo Deus da adolescência, mesmo assim Lou ainda continuou amiga de Gillot, mas decidiu não encontra-lo mais.

Lou então deixa São Petersburgo em busca de mais conhecimento. Passa por Zurique e vai para Roma onde encontra Malwida von Meysenburg, uma mulher que recusara seus títulos de nobreza a fim de ajudar outras mulheres do machismo imposto pela sociedade.

Através de Malwida Lou conheceu Paul Rée, um filósofo alemão. Não demorou para Lou e Rée tornarem-se grandes amigos e para Rée se apaixonar por Lou. Mas Lou queria uma coisa incomum na época, morar com Rée, mas como amigos. Paul Rée já havia publicado três livros nessa época e havia assistido algumas aulas de Nietzsche, de quem ficar amigo.

Malwida e Rée então decidem convidar Nietzsche para conhecer Lou. Rée disse a Nietzsche que queriam fazer uma comunidade para crescimento intelectual.

Ao conhecer Lou Nietzsche logo se encanta. Os três então decidem formar a Santa Trindade. Daí surge um problema, Nietzsche também se apaixona por Lou e decide pedi-la em casamento, mas é orientado por Rée a não fazer porque Lou tinha aversão ao casamento.

Em uma viajem a Milão Lou e Nietzsche decidem fazer uma longa e demorada caminhada, no qual Nietzsche quase sempre debilitado no estado de saúde se sentiu bem melhor depois.

O grupo se separa, mas logo voltam a se encontrar novamente, dessa vez Nietzsche pede diretamente Lou em casamento e ela prontamente rejeita. Nesse encontro foi tirada uma famosa foto de Lou como um chicote nas mãos em cima de uma cachorra, enquanto Rée e Nietzsche faziam alusão de estarem a puxando.

Novamente os três se separam. Cartas de Nietzsche e Rée chegam para Lou, Rée é mais carinhoso, Nietzsche mais conservado. Lou continua a mesma, com sede de espírito livre.

Lou volta a encontrar Rée onde fortalece mais a amizade entre os dois. Depois disso conhece Elizabeth, irmã de Nietzsche, que não gosta de Lou, pelo fato dela ser liberal. Mesmo assim Lou viaja com Elizabeth e vai encontrar Nietzsche. A idéia de Elizabeth era de proteger o irmão de Lou. Mas não conseguiu impedir os longos passeios pela floresta, as longas conversas no quarto até tarde. Nietzsche estava feliz e queria que Lou fosse sua discípula, que continuasse seu pensamento.

Mas Lou se encanta apenas com a filosofia, com o conhecimento que Nietzsche lhe dava. Elizabeth e Nietzsche brigam, e Elizabeth faz questão de difamar Lou.

Um tempo depois Lou, Nietzsche e Rée voltam a se encontrar. Mas Nietzsche via Rée como um rival e o critica duramente. Lou perde seu encanto por Nietzsche e muda-se para Paris com Rée, onde passam a morar juntos como amigos, para a infelicidade de Rée.

Nietzsche escreve várias cartas aos dois mostrando amargor. Elizabeth sabendo que Nietzsche estava doente volta e vai cuidar do irmão, e continua a atacar Lou, que pouco importa com isso.

Lou muda para Berlim, sempre com o amigo Rée. Lou disse ter vivido belos anos com Rée, e dizia ser um amigo de nobreza.

Depois disso Lou conhece Carl Andréas, um professor de língua persa 15 anos mais velho que ela e, para espanto de todos, casa-se com ele. Mas o casamento nunca foi um casamento de verdade, pois no acordo sequer previa contato físico entre os dois.

Lou também queria fosse respeitada sua liberdade e sua amizade com Rée. Mas para a surpresa de Lou, Rée muda-se de Berlim repentinamente. Lou registra em seu diário a falta do amigo.

Após isso escreve Personagens Femininos de Ibsen que faz muito sucesso. Também escreve Friederich Nietzsche e o romance Ruth.

Então Lou conhece o médico Friederich Peneis, este aparentemente foi quem teve a primeira relação sexual com Lou. Peneis e Lou tiveram um caso que durou cerca de 12 anos. Peneis sempre insistia que Lou se divorciasse para se casar com ele.

Em 1897 Lou foi apresenta ao poeta René-Marie Rilke, 14 anos mais jovem que ela. Rilke então lhe conta que é ele que lhe escreve poemas anônimos. Lou decide conhecer melhor Rilke. Ao que parece, Rilke foi o primeiro homem que atraiu Lou fisicamente e intelectualmente. Os dois viveram um romance além de trocarem várias cartas e bilhetes que contribuíram para o crescimento de Rilke. Lou convence Rilke a mudar seu nome de René-Marie Rilke para René-Maria Rilke, alegando que o primeiro parecia muito feminino.

Lou, Rilke e Andréas viajam para Moscou, onde forma recebidos por Tolstoi.

No ano seguinte Lou viaja novamente para a Rússia com Rilke, dessa vez sem Andréas. Os dois vivem intensamente a passagem pela Rússia, viajando pelo país.

Lou volta para Alemanha então e depois fica sabendo que Rilke conheceu uma mulher e a pediu em casamento. Lou ficou surpresa, mas não se abateu com o fato. Ela continuou trocando correspondências com Rilke, que lhe mandava poemas para serem analisados. Em 1901 Rilke se casa e Paul Rée morre. Lou se sentiu culpada e ficou marcado para sempre em sua a morte de Rée, pois se suspeitou de suicídio.

Depois disso Lou publicou outro livro em 1902, Na Zona Crepuscular, ficou grávida e perdeu o bebê depois de uma queda, acabou seu caso com Peneis, escreveu outro livro em 1910, O Erotismo.

Lou ainda conheceu Henri Bérgson, Sartre, Jung e Freud, no qual tinha grande admiração por Lou. Nostálgica Lou escreveu Rodinka (A Pequena Pátria) em 1923, dedicando o livro à Anna Freud, filha de Freud.

Com o passar dos anos Lou se dedicou mais a congressos, reuniões sobre psicanálise e publicava artigos sobre o assunto.

Rilke morreu em 1928, em 1930 Lou escreve sua biografia. Em 1931 escreveu Carta Aberta a Freud, demonstrando gratidão ao amigo.

Após a morte de Andréas Lou começou a sofrer de diabetes, então em 5 de fevereiro de 1937 Lou Andreas-Salomé morreu durante o sono aos 76 anos.

Morreu uma inteligente, linda, sedutora, fantástica, um exemplo de como ser uma verdadeira amante real da vida... Quase perfeita.

O único erro de Lou foi ter nascido inteligente, linda, sedutora, fantástica e torna-se uma amante da vida. [Risos]

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Personagens de nossa história que admiro.

Winston Leonard Spencer Churchill (1874-1965) ou simplesmente Sir Winston Churchill. Uma das mais notórias figuras do século XX, Churchill teve um grande destaque principalmente na Segunda Guerra Mundial. Foi o Primeiro Lord do Almirantado durante a Primeira Guerra mundial. A frente deste cargo, Churchill comandou a Campanha Da Galípoli, através do estreito de Darnadelos, que liga o Mar Egeu ao Mar de Mármara, na Turquia.

Mas a campanha fracassou. Ao lado de neozelandeses de australianos o que se viu foi uma batalha sangrenta e que culminou em mais de 50% de ambas as tropas mortas. Pelo lado dos Aliados Austrália e Nova Zelândia denominaram o fatídico dia de 25 de abril de 1915 como "ANZAC Day", sigla ANZAC em inglês que significa "Corpo da armada da Austrália e de Nova Zelândia", ou seja, "Dia do Corpo da Armada da Austrália e de Nova Zelândia", que é feriado hoje em dia todo 25 de abril nos dois países. Pelo lado inglês o fracasso em 18 de março de 1915 e a retirada das tropas entre dezembro de 1915 e janeiro de 1916 não ficou barato para Churchill. Ele quase teve sua carreira política perdida após o fracasso desta batalha.

Mas Churchill não desistiu. No período entre guerras, ele começou a ganhar novamente destaque no cenário político britânico. Em 1916 voltou ao parlamento. Entre 1919 e 1921, foi ministro da Guerra entre 1921 e 1922, ministro das Colônias e, de 1924 a 1929, foi ministro das Finanças. Foi neste período que Churchill alertava os britânicos sobre o nazismo alemão e que a Inglaterra deveria investir em militarização. Criticado por uns, elogiado por outros Churchill seguiu seu instinto político.

Após a invasão da França pela Alemanha em 1939, Winston Churchill é nomeado primeiro britânico em 10 de maio de 1940.

Aparecia então um dos maiores estadistas que o mundo viu. Em setembro de 1939 a Inglaterra já havia declarado guerra à Alemanha, mas Churchill teve papel decisivo após assumir o cargo de primeiro ministro Churchill fazia discursos memoráveis para o povo britânico, inflamando o povo a ter resistência e coragem. Mas seu papel na Segunda Guerra Mundial foi mais decisivo. Ele teceu uma aliança com os Estados Unidos, fazendo assim com que os Aliados ficassem mais fortes a partissem para colocar fim à guerra. E a história assim foi escrita, com a entrada dos Estados Unidos na guerra à vitória dos aliados foi questão de tempo. Churchill no tempo da guerra, dos bombardeios em Londres comandava tudo de um escritório simples. Nesse tempo Churchill sempre fazia discursos de encorajamento aos britânicos.

Após a guerra perdeu o cargo de primeiro ministro em 1945, voltando depois ao cargo em 1951.

Não há dúvidas que a conduta política de Churchill foi notória, sua presença espiritual nos momentos difíceis de guerra, sua astúcia ao "convocar" os Estados Unidos para guerra... Enfim tudo isso torna Sir Winston Churchill em dos grandes políticos da história.

Porém uma mancha de sua vida pessoal tira de Churchill um pouco de seu brilho. Churchill defendia o eugenismo. O eugenismo é um prática usada por pessoas que pretendem fazer um "melhoramento" genético. Assim estas pessoas se casavam apenas com pessoas geneticamente "superiores" a fim de obter uma "raça" mais forte. Nos Estados Unidos chegaram até pregar a esterilização de indivíduos "inferiores”. Churchill fazia apologia ao eugenismo "positivo", o que pretendia casar apenas pessoas que não tinham sequer histórico familiar de doenças genéticas, assim dessas uniões sairiam os indivíduos "superiores".

Admiro muito Churchill, mas essa sua empatia pelo eugenismo me fez perder parte do encanto por ele.


Talvez muitas pessoas não conheçam um dos homens mais geniais da história. Quem é? Nikola Tesla. Quem foi Tesla?

Bom Tesla (1856-1943) foi um inventor, físico e engenheiro eletricista. Tesla nasceu na Croácia e foi um brilhante estudante. Ele chegou a perder uma bolsa de estudos, mas continuou estudando sozinho em bibliotecas.

Tesla trabalhou na Hungria e na França, mas como sonhava mais alto mudou-se para os Estados Unidos para trabalhar com o então famoso inventor norte-americano, Thomas Edison. Após diversas discordâncias com Edison, Tesla deixa a empresa de Edison. Segundo Tesla, Edison o devia um grande bônus.

Tesla passa por um mau momento após isto, mas logo deu a volta por cima.

As divergências de Tesla com Edison eram principalmente por causa da corrente alternada, defendida por Tesla; e a corrente direta ou contínua de Edison. Começa a "Guerra das Correntes".

Em 1887 vende sua patente da corrente alternada para o mega investidor George Westinghouse. Westinghouse convence o governo dos Estados Unidos a padronizar a distribuição de energia para a corrente alternada, para a discordância de Edison.

Por volta de 1890 Tesla inventa a "Bobina de Tesla" - um transformador ressonante capaz de gerar uma tensão altíssima com grande simplicidade de construção.

Mas talvez seu grande momento seria em 1893 em Chicago. Na World's Columbian Exposition, uma feira para comemorar o 400° aniversário de Cristóvão Colombo e a chegada do Novo Mundo. A feira teve um forte impacto sobre as artes, arquitetura, otimismo e auto-imagem dos Estados Unidos.

O ponto alto da feira seria uma apresentação da eletricidade através de inúmeras luzes em um edifício dedicado a este fim. Antes ouve um briga pela licitação entre a General Electric Company, apoiada por Edison e JP Morgan - um grande investidor. Os dois proporam exibir o poder elétrico com corrente direta com o custo de um milhão de dólares. Porém a companhia Westinghouse, armada com a corrente alternada, sistema de Tesla, propôs para iluminar o Columbian Exposition por metade desse preço. Westinghouse venceu.

Chegado o momento mais esperado veio então à luz, diversas lâmpadas iluminaram toda a exposição. Tesla vencia a "Guerra das Correntes"!

Tesla teve centenas de patentes. Como o motor elétrico, o acoplamento de dois circuitos por indução mútua, princípio adotado nos primeiros geradores industriais de ondas hertz, o princípio e metodologia de criar energia (corrente alternada) através de campo magnético rotativo, o motor assíncrono de campo giratório entre outras.

Muitos conhecem como o inventor do rádio o italiano Marconi, mas Marconi ao fazer sua primeira transmissão de rádio utilizava 19 patentes de Tesla. Tesla já havia inventado as propriedades fundamentais do rádio antes de Marconi. Mas no final do século XIX o governo dos Estados Unidos concedeu o mérito a Tesla da criação do rádio.

Tesla ainda estudou sobre o Raio-X, o radar e inventou a lâmpada fluorescente, lançada em 1938.

Apesar da genialidade Tesla errou e um dos seus grandes empreendimentos, talvez o maior deles.Tesla acreditava que podia transmitir grandes cargas de eletricidade sem fio por longas distâncias. Tesla fez um acordo com o investidor J.P. Morgan, para então fazer uma grande torre de transmissões sem fio. Para J.P. Morgan era um grande negócio, para Tesla era a realização de um grande sonho. Mas a demora na conclusão fez com que J.P. Morgan retirasse seu investimento do projeto, acabando assim o sonho de Tesla.

Nikola Tesla foi um gênio, mas errou. Chegou ao ponto de fazer poucos cálculos em seus inventos, principalmente a de transmissão de energia elétrica por longas distâncias, o que não é possível. Talvez se Tesla tivesse feito alguns cálculos ele teria visto seu erro e quem sabe tivesse terminado sua misteriosa armas de raios.